Animais sinantrópicos deriva do grego – Sinantropia (do grego: syn-, “junto” + anthro, “humano”) é a designação dada em ecologia à relação de comensalismo estabelecida pelas espécies animais e vegetais que se instalam nos povoamentos humanos beneficiando-se das condições ecológicas criadas pela atividade humana no processo de urbanização do meio rural, florestal ou natural resultando na capacidade dessas espécies de flora e fauna para habitar em ecossistemas antropizados, adaptando-se a essas condições independentemente da vontade do homem.

A transformação de ambientes naturais em áreas urbanas e rurais modifica a flora e a fauna. A maioria das espécies nativas é extinta, mas algumas se adaptam, passando a se beneficiar do material orgânico acumulado nessas áreas por ação antrópica.

O ambiente humano cria todas as condições propícias ao crescimento da população sinantrópica, basicamente alimento, abrigo e clima e suas populações aumentam cada vez mais como também por trazerem consigo novas patologias, ressurgimento de antigas e um maior número de agravos.

Esta relação com o homem é uma via de mão dupla. É o homem trazendo consigo condições de subsistência para estes sinantrópicos como entrando em seu ambiente com as consequências desta invasão. Este é o outro lado da questão.

Não é o ambiente onde o homem vive criando as condições para o sinantrópico e consequente aumento populacional. É a entrada do homem em ambientes equilibrados desestruturando-o e se aproximando de insetos e reservatórios existentes neste ambiente dentro de um equilíbrio natural, fazendo parte de uma nova relação entre diferentes espécies.

Essa dependência é chamada de sinantropia, e pode-se calcular o índice sinantrópico. O índice de sinantropia foi um cálculo sugerido por Nuorteva, em 1963, na Finlândia que determina o grau de comportamento sinantrópico que uma espécie apresenta.

A principal diferença entre os sinantrópicos e os animais domésticos (gatos, cães, galinhas, vacas etc.), é que estes são criados em benefício do homem, servindo como companhia, produção de alimentos, entre outros.

Já os sinantrópicos são indesejáveis, por poderem transmitir doenças, inutilizar ou destruir alimentos, ou sujar as residências. Entre eles estão ratos, pombos, baratas, mosquitos, entre outros. Os animais sinantrópicos, como todo ser vivo, necessitam de três fatores para sua sobrevivência: água, alimento e abrigo. Alguns animais, como o morcego, onde alguns são grandes polinizadores naturais, podem adquirir a condição de sinantrópico, utilizando telhados e cantos escuros das casas como abrigo, quando seus ambientes naturais são destruídos.

As espécies que exibem comportamento sinantrópico são em geral divididas em duas grandes categorias de sinantropia:

Eussinantropia (ou sinantropia obrigatória) — considera-se que uma espécie é eussinantrópica quando a sua ocorrência e reprodução estão limitadas, pelo menos dentro de uma determinada região climática, à sua associação com os seres humanos.

Os animais sinantrópicos podem ser considerados:

Exófilos – permanecem do lado externo das residências;
Endófilos – visitam regularmente as residências.

Hemissinantropia (ou sinantropia facultativa) — as espécies hemissinantrópicas são encontradas preferencialmente associadas à presença humana, onde estas espécies encontram condições de vida ideais, mas ocorrem em menor grau fora dos povoamentos humanos, como por exemplo, em ambientes rurais.

Então a denominação mais correta é Sinantrópicos e não Pragas. Esta é a terminologia mais adequada quando nos referimos a insetos e ratos que convivem conosco.

plugins premium WordPress
Logo do WhatsApp