Na estação quente e chuvosa de verão, as pragas de verão como baratas, pernilongos, formigas e ratos são comuns. O que fazer para combater essas pragas de verão?

No verão, quando as temperaturas são altas e as casas estão cheias de crianças em férias, infelizmente surgem com maior intensidade algumas pragas de verão indesejadas, como pernilongos, aleluias, formigas, baratas, ratos e escorpiões. Estas pragas urbanas são responsáveis por transmitir doenças, como o surto atual de dengue causado pelo mosquito Aedes aegypti.

Por isso, é importante controlar rapidamente a infestação, preferencialmente com a ajuda de um profissional especializado e usando produtos químicos específicos. No entanto, é possível prevenir a presença dessas pragas de verão ao longo do ano, adotando medidas preventivas em casa, o que pode significativamente reduzir o problema durante o verão. Prevenir é sempre mais eficaz do que remediar.

A bióloga Lucy Ramos Figueiredo, especializada em saúde pública, explica que as pragas ocorrem ao longo do ano, mas são mais intensas no verão devido à maior taxa de reprodução. Ela afirma que “os ciclos evolutivos dos insetos são mais curtos no calor, e um mosquito, por exemplo, pode levar apenas seis dias para completar seu ciclo de ovo a indivíduo adulto, em comparação com os 12 dias necessários no inverno”.

Prevenção eficaz das pragas de verão: como lidar com elas corretamente

O melhor, então, é prevenir. “Quando há menos pragas o combate é mais fácil e o custo é menor”, diz Lucy, que sugere a adoção coordenada de medidas higienizadoras, de manejo ambiental e preventivas, como vedar frestas, manter o ambiente limpo, não acumular objetos em desuso, não deixar água parada ou acumular lixo. “Nem aquele restinho no fundo da lata, porque atrai também formigas, baratas e ratos. Isso é prevenção”, completa.

Segundo a bióloga, quando se percebe a presença de pragas urbanas em fase inicial, indivíduos isolados e pequenos focos, pode-se, sim, lançar mão de “medidas paliativas”, como os inseticidas e os repelentes.

“O inseticida ou raticida de agropecuária ou supermercado adiantam se houver um rato ou dois ou infestação mínima de insetos. Temos também os repelentes tópicos, aqueles para passar na pele, e os ambientais, como aqueles de tomada elétrica recarregáveis ou mesmo a vela de citronela, produto natural, que são eficientes apenas em uma área de proteção limitada.

São produtos inseticidas de baixa concentração que não chegam a matar a praga, só a repelem. Mas quando a situação é crítica, a infestação causa desconforto, não é uma barata que se consegue matar com chinelo, tem de chamar uma empresa especializada”, explica Lucy.

Preciso contratar uma empresa para realizar o serviço de desinsetização. Como devo realizar a escolha?

Lucy faz um alerta “é preciso ter muito cuidado na hora de contratar uma empresa de combate a pragas e evitar o que ela chama de ‘Zé Bombinha’. A empresa tem de ser regularizada pelo órgão de saúde ambiental, a vigilância sanitária, porque lida com produtos químicos concentrados e tóxicos.

Há muitos profissionais autônomos que não estão estruturados ou treinados devidamente para aplicar corretamente e com segurança esses produtos, usam pesticidas agrícolas ou de uso veterinário e não orientam sobre medidas preventivas”.

Por isso, antes de tudo uma boa pesquisa deve ser feita. Entre em contato com a empresa, solicite o nome de alguns clientes que atende e busque se informar com eles sobre a execução dos serviços prestados.

Fique atento ao calendário das Pragas

Verão (dezembro, janeiro e fevereiro)

Época de altas infestações de insetos (baratas, mosquitos e moscas), que transmitem doenças como dengue, causada pelo Aedes aegypti. As baratas podem causar alergias e contaminar o ambiente e os alimentos, causando infecções alimentares.

Há também nesta época o aumento da população de ratos, que saem do esgoto e migram para edificações fugindo de enchentes e alagamentos das chuvas. A urina do rato transmite a leptospira, bactéria causadora da leptospirose.

Prevenção e medidas de controle que são necessárias:

  • Estocar e descartar lixo adequadamente
  • Manter regras de higiene e limpeza
  • Vedar vãos, frestas e quaisquer locais de passagem e abrigo
  • Desobstruir galerias de esgoto e demais tubos de serviço
  • Remover recipientes cumulativos de água, evitando água parada.
  • Desinsetizar as residências, áreas de alimentação e demais locais críticos para infestação de baratas e moscas.
  • Desratizar áreas de ocorrência de enchentes, com presença de roedores.

Outono (março, abril e maio)

Momento pós-chuvas em que a densidade populacional do mosquito Aedes aegypti  é elevada. Clímax do período epidêmico da dengue.

Prevenção e medidas de controle:

  • Furar vasilhames cumulativos de águas de chuvas
  • Manejar o lixo adequadamente
  • Não deixar pneus a céu aberto
  • Não cultivar plantas aquáticas
  • Não deixar os pratinhos suportes de plantas com água
  • Vedar bem os recipientes de água potável, como cisternas e caixas d’água
  • Evitar quaisquer possibilidades de acúmulo de água parada

Inverno (junho, julho e agosto)

Época mais fria e, portanto, de menor densidade populacional das pragas. É o momento mais indicado para adoção de medidas preventivas. E também o período de reprodução dos cupins que, após o acasalamento, perdem suas asas e buscam um local na madeira para formar seu ninho e uma nova colônia, destruindo móveis e construções.

Prevenção e medidas de controle:

  • Verificar a presença de pó granulado nas bases de móveis, pois este é um vestígio importante de cupins de madeira seca
  • Verificar a presença de túneis ou galerias, que são sinais de cupins subterrâneos
  • Arejar bem os ambientes, reparar infiltrações e inspecionar móveis
  • A qualquer sinal de cupins, providenciar o controle profissional imediato.

Primavera (setembro, outubro e novembro)

Período que precede o verão, e que devemos estar atentos a ocorrências iniciais e mais aparentes de pragas urbanas, como os cupins, que continuam seu ciclo reprodutivo até outubro. Embora não sejam pragas urbanas, abelhas e vespas causam sustos e a primavera também é a estação de reprodução desses insetos.

Prevenção e medidas de controle:

Inspecionar armários, vãos de escadas, sótãos, áreas de manipulação de alimentos e outros locais passíveis à infestação.

Dica número 1: prevenção o ano todo

Pragas urbanas são “doenças do ambiente” e em um país tropical ocorrem ao longo de todo o ano.

Fonte: Pragas e Eventos

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